TEM ESTE A FINALIDADE DE LEVAR CONHECIMENTO AQUELES QUE POSSUEM INTERESSE SOBRE ESSE POVO QUE TEM COMO NORMA , SOCORRER COM SUAS ERVAS, FAZER CURAS FISICAS, EMOCIONAIS E ESPIRITUAIS ATRAVES DE SUA FE , LEVAR ALEGRIA COM SUA ARTE , TER O CEU COMO CASA, O CHAO COMO PATRIA , E A LIBERDADE COMO RELIGIAO.
domingo, 14 de dezembro de 2014
CIGANOS DA REALIZACAO: Ciganos da Realizacao
CIGANOS DA REALIZACAO: Ciganos da Realizacao: O Cla dos Ciganos da Realizacao Os ciganos da realizacao atuam em todos os clas para realizar os pedidos. Atuam nos sete Tronos Divin...
quinta-feira, 31 de julho de 2014
OS INTOCÁVEIS POR CONSTANTINO K. RIEMA
História do povo cigano: os intocáveis
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Compilação de
Constantino K. Riemma |
Cigano quer dizer "intocável". Vem do grego athinganoi, que se transformou em atsigan e tsigane. E reflete a relativa incomunicabilidade que existiu entre esse povo e os demais. Na Espanha, seu nome é gitano, resquício da crença em sua origem egípcia (gitano vem de egiptano), o que também acontece com a denominação húngara de Faraonemtség, que quer dizer raça do faraó. A crença foi disseminada pelos próprios ciganos, que, ao chegarem à Europa, se apresentavam como nobres egípcios. Mas, na verdade, os ciganos têm ascendência hindu.
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Migração
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O ramo Domba (que se transformaria nos ciganos) deslocou-se do centro da Índia para o noroeste, no séc. I a.C. Quatro séculos depois, migrava novamente, dessa vez para o oeste
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chegavam a esses países. Só a partir de 1496 puderam usufruir de alguma liberdade. O primeiro a favorecê-los foi Vladislau II, rei da Hungria, que lhes concedeu livre trânsito em território húngaro.
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Grupo cigano na Transilvânia
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www.depts.washington.edu - (c) University of Washington
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Reações e perseguições
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Da segunda metade do século XVI em diante, as coisas ficaram piores: começou a perseguição aos ciganos, primeiro movida pelos camponeses, depois pelos prefeitos das cidades e até pelos reis. No Ducado de Milão, em 1663, foi publicado um édito que proibia a entrada dos ciganos nos domínios milaneses, sob pena de sete anos de cárcere para os homens e de uma orelha cortada para as mulheres. Maria Teresa, da Áustria, em 1768 tornou ilegal a permanência de ciganos em seu país a menos que eles morassem em casas, trajassem à maneira dos camponeses e trabalhassem em ofícios definidos. Mas nem em Milão, nem na Áustria, nem no resto da Europa eles mudaram seu modo de vida.
A América e a Austrália só os receberam na segunda metade do século XX. | |||||||||||
Usos e costumes
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Tradicionalmente, os ciganos levam vida nômade, deslocando-se em grupos de tamanhos diversos, compostos por um conjunto de núcleos familiares mais ou menos extensos, sob a liderança de um chefe vitalício escolhido.
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julgados por um júri de "condes". E, nos casos mais graves, a pena é o banimento da tribo.
Alguns estudos dão nuances diferentes da organização social dos ciganos, possivelmente em razão da diversidade dos grupos estudados. Quanto à posição das mulheres dizem que "segundo os costumes ciganos, as mulheres devem subserviência aos homens, e as mulheres casadas sempre usam um lenço para cobrir a cabeça". | |||||||||||
A questão política
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Várias foram as tentativas de agrupar os ciganos sob o poder de um só governante. Uma delas foi o aparecimento da dinastia Kwick, inaugurada por Gregory Kwick, cigano polonês que, por volta de 1883, se declarou "rei dos ciganos". Durante seu reinado, realizou-se, em 1909, o único recenseamento cigano de que se tem notícia; o censo informou que havia então na Europa 600 mil ciganos. Gregory abdicou em 1930 em favor de seu filho Michael II, que, após sete anos de governo, foi sucedido por Janusz I. Este proclamou-se administrador dos ciganos da Hungria, Espanha, Alemanha, Bulgária, Iugoslávia e Polônia. Planejou ir a Genebra reivindicar um país para seu povo, mas o projeto foi vetado por uma assembléia cigana. Seu "reinado" durou apenas um ano. Sucedeu-o Mathew Kwick, do qual não se tem maiores notícias.
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Wagon - carro que muitos ciganos adotam a partir de meados do séc. XIX
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Do acervo da Universidades de Liverpool
http://sca.lib.liv.ac.uk/collections/gypsy/wagons.htm | |||||||||||
Em 1933, foi cogitada, sem êxito, a possibilidade de agrupar todos os ciganos do mundo (aproximadamente 2 milhões) nas ilhas da Polinésia, com subvenção da Liga das Nações. A idéia não se concretizou. Pouco depois, eclodiu a II Guerra Mundial (1939) e cerca de 20 mil ciganos foram exterminados nos campos de concentração.
Os regimes comunistas da Europa Oriental do pós-guerra forçaram os ciganos a se fixarem em cidades industriais e residirem em grandes edifícios de apartamentos, desmembrando os grupos familiares extensos e obrigando-os a trabalhar em fábricas, fazendo-os abandonar o modo de vida tradicional. | |||||||||||
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costumes. "Cigano dos Estados Unidos não viaja mais de carroça: usa trailer motorizado; nem prepara mais sua refeição: come enlatados."
Na União Soviética e na Iugoslávia, são publicados jornais em língua cigana. A Sociedade Cigana Lore, na Inglaterra, preocupa-se em recolher todas as informações possíveis sobre esse povo. A biblioteca da Universidade de Liverpool, também na Inglaterra, tem em seu acervo um conjunto de livros sobre os ciganos. Assim, esse povo se torna cada vez menos estranho aos demais. | |||||||||||
Compilado de Conhecer, vol. IX, pág. 2064. Abril Cultural, SP e Folha Enciclopédia, na web
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segunda-feira, 23 de junho de 2014
terça-feira, 3 de junho de 2014
quinta-feira, 17 de abril de 2014
CIGANOS ESPANHÓIS
Marginalizados na maior parte dos países, expulsos de França, os ciganos gozam de um refúgio de paz relativo no Sul de Espanha. Os outros países podem aproveitar algumas das ideias, escreve o semanário polaco Tygodnik Powszechny.
SPANISH GYPSIES ...
A coexistência entre ciganos e payos (os brancos) é boa e possível, como acontece na Andaluzia, no Sul de Espanha. O número de ciganos em Espanha, ou gitanos, como se chamam a si próprios, é estimado entre 500 mil e 800 mil. A maior parte deles vive na Andaluzia. O país tem, ainda, imigrantes ciganos vindos da Europa central, como também acontece em França. São cerca de 40 mil pessoas e vivem, principalmente, nos arredores de Madrid. Há centenas de anos que os ciganos vivem em Espanha, com altos e baixos, e sempre com os mesmos problemas: perseguição, pobreza, sedentarização forçada. Mas hoje, a Andaluzia pode servir de exemplo. Por várias razões. O Prof. Gunther Dietz, autor do relatório “O Estado e os Ciganos em Espanha”, argumenta que os valores tradicionais dos ciganos, como a família e o clã, a noção de honra ou, ainda, a autoridade concedida pelas famílias aos “anciãos”, são conformes aos conceitos da cultura tradicional, rural, espanhola. A integração dos ciganos nas aldeias andaluzas é, por isso, muito mais fácil do que nas grandes cidades do Norte. “Por exemplo, nas províncias de Granada e Sevilha, as duas mais importantes regiões de concentração de gitanos em Espanha e na Europa ocidental, as aldeias dividem-se informalmente em lado cigano (gitano) e não-cigano (payo), mas as trocas interétnicas, a reciprocidade e os casamentos mistos são aí muito mais frequentes do que nos ‘pseudo-guetos’ dos centros industriais”, afirma o Prof. Dietz. E há ainda um detalhe, mas de peso: o Flamenco, um dos símbolos espanhóis, nascido na Andaluzia entre os ciganos. Demonstra bem até que ponto a cultura cigana pode ser absorvida, explorada pela cultura dominante, tornando-se parte integrante dela. O sentimento de isolamento, tão devastador para as minorias, não tem sido pequeno. Juan de Dios Ramirez, presidente da Associação de Ciganos em Espanha e o primeiro deputado cigano no Parlamento Europeu (nascido, justamente, na Andaluzia), declarou ao diário El País que “o modelo é a Andaluzia. De um ponto de vista cultural, não de justiça social. A Andaluzia pode ser um modelo de coexistência social para os ciganos do mundo inteiro. Esta comunidade, onde é difícil dizer se são os andaluzes que se gitanizaram com os ciganos, ou se foram os ciganos que se andaluzaram”. Mas a Espanha tem muitas mais ideias para dar. Numa área tão importante como a educação, por exemplo, desde os anos 1980 que foram postas de lado as escolas especiais (ou “complementares”, como lhes chamavam). Desde então, todas as crianças ciganas vão à escola com os seus colegas payo. Pode lamentar-se a taxa de absentismo, que atinge os 30% de pequenos gitanos, mas o que conta é que 94% deles termina com sucesso a escolaridade. Cada um tem a sua sorte e, na República Checa, por exemplo, as crianças ciganas, até há bem pouco tempo, estudavam quase sempre em escolas especiais e muito poucas tinham a oportunidade de completar a escolaridade. É verdade que a Espanha não é, exatamente, um paraíso para os ciganos: nem todos os hábitos dos gitanos encontram aprovação, e há casos de intolerância. Mas, no entanto, são visíveis os frutos do trabalho iniciado logo no período de transição que se seguiu à morte de Franco. Considera-se que o momento crucial e o avanço simbólico para a questão dos ciganos tiveram lugar com o discurso de Juan de Dios Ramirez perante o Parlamento Europeu, onde foi o primeiro cigano a ter um lugar, entre 1977 e 1986. Em 1985, após o seu inflamado discurso sobre os direitos dos ciganos, foi aprovado o primeiro plano nacional de igualdade de oportunidades a favor dos ciganos. Desde 1989 que o Orçamento de Estado lhe destina uma dotação específica. Agora, Ramirez tem um novo projeto: quer sentar o presidente Sarkozy no banco dos réus do Tribunal Europeu de Justiça, no Luxemburgo. Na sua declaração, Ramirez afirmou que Sarkozy “ao fechar os acampamentos ciganos violou o direito francês, o direito europeu e a ligação tradicional da França aos Direitos do Homem”. Quer apresentar a queixa no início de setembro. É advogado, tem experiência das complexidades do sistema europeu e parece saber o que está a fazer.
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